Cariúnas é um nome de origem no idioma indígena (Tupy-Guarani) e significa "Aglomerado de negros". Este nome foi escolhido para o projeto em homenagem ao maestro Elias Salomé, que manteve na Rádio Inconfidência e na TV Itacolomy em Belo Horizonte, no final dos anos 50, um programa musical semanal, ao vivo, apresentado por cerca de 40 jovens de baixa renda que formavam o “Bando dos Cariúnas”. Tânia Cançado e Tércia Cançado, juntamente com seus irmãos (família Ferreira Leite), foram artistas mirins deste projeto sócio-cultural de Elias Salomé, e inspiraram-se nesta experiência para a idealização do Projeto Cariúnas.
Durante a década de 60, o “Bando dos Cariúnas” apresentou-se na TV Itacolomy e, posteriormente, na TV Belo Horizonte, no programa conhecido como “Clube do Pererê”. Liderado por Elias Salomé, os jovens músicos do “Bando dos Cariúnas” participavam com freqüência de outros eventos, shows e festas infantis de BH, e em clubes e cinemas das cidades do interior do Estado, a convite de famílias locais, que os acolhiam e os hospedavam em suas próprias residências.
Tânia Cançado, Idealizadora e Diretora Geral do Projeto Cariúnas, iniciou sua participação no “Bando dos Cariúnas” aos 9 anos de idade, cantando e tocando acordeon; posteriormente, vieram seus irmãos mais jovens, que tocavam percussão, acordeon e escaleta. Tânia participou do grupo por quase uma década.
Elias Salomé foi um músico multi-instrumentista e compositor que proporcionou o ensino da música a dezenas de crianças de baixa renda em sua escola em BH, e que por muitos anos dedicou seu tempo ao ensino de vários instrumentos.